Bem Aventurados os pobres...

Mateus 5.3, diz:"Bem aventurados os pobres de espírito, pois deles é o Reino dos céus."
O Senhor Jesus, iniciou a sequência das bem-aventuranças, falando da pobreza de espírito do ser humano. Mostrando, que a pobreza de espírito traz a humildade tão necessária. E fazendo a todos lembrar, e principalmente aos deste tempo, que somos totalmente dependentes de Deus. E não há outra maneira de se ter segurança no espírito.

Mas assim como, os homens daquele tempo, estavam com seus corações endurecidos e cegos pelo conjunto de regras (leis), que norteavam suas vidas, hoje o homem (religioso) presa mais por seus valores, aos de Deus. Seu ministério é colocado acima da vida do próximo. Seu cargo é mais valioso que a palavra de Deus. Seu conjunto de regras (vazias) anulam o existir literal da palavra do Senhor Jesus Cristo. E assim vive-se uma religião morta, vazia e que não pode salvar.

Neste versículo de Mateus, o Senhor Jesus mostra um princípio espiritual essencial: O auto-reconhecimento da pobreza espiritual. Auto-reconhecimento, pois deve partir do "eu". Não é um estado de auto-comiseração. Nem um estado de auto-piedade. Mas o reconhecimento, puro e simples, que sem Ele nada podemos fazer. Sem sua palavra, tudo se torna vão. Sem seu amor, em nós, tudo perde o sentido.

Quando há o reconhecimento da pobreza espiritual, é muito natural em nosso sistema capitalista, pensar que assumiu-se uma posição de derrotado. Mas no ponto de vista do evangelho de Cristo, esta é a posição do total reconhecimento, da autoridade de Deus sobre a vida. É a declaração mais sublime de submissão ao Pai. É a entrega de todo o ser (espiritual, emocional e carnal) ao Senhor.

No evangelho de Cristo, não existe perdedor e ganhador. E sim, o doador e o próximo. Por isso, abandone-se a ideia, que pobreza espiritual é sinônimo de derrota, para assumir a postura de dependente de Cristo. Abandone-se a ideia, que dar é perder, para o pensamento absolutamente "evangélico", que dar é melhor que receber.